Existe o risco de viver demais também

Quando vamos pensar em gerenciamento de risco dentro do planejamento financeiro, além de considerar a hipótese de um acidente ou uma doença que tire a sua força de trabalho, existe uma outra possibilidade que é amplamente negada para quem entra neste assunto que é viver muito. Se pouca gente faz as suas contas no detalhe, aqueles que vão neste nível de detalhe, é a exceção da exceção.

Num cenário como esse, você tem um patrimônio estável (já que o período de acumulação se encerrou) e despesas crescentes. Via de regra, quanto mais velho, maiores são as despesas com saúde e outras coisas. Por isso que este risco tem que ser considerado, inclusive é o mesmo problema que as previdências públicas de todo o mundo estão passando.

A expectativa de vida no mundo inteiro vem aumentando de forma consistente, aqui no Brasil por exemplo, a idade média que as mulheres vivem é de 76 anos e os homens, 69. Ao me preparar para escrever este texto, fui pesquisar essa expectativa de vida em outros países e encontrei um padrão.

No Japão, a idade média que as pessoas vivem é 86 anos, já na França, 85. Virando esse ranking de ponta cabeça, Zimbábue tem expectativa de vida de 44 anos e Moçambique, 46. O padrão encontrado é que os países onde a população é mais educada financeiramente e onde mais se vive também. Sabemos que a questão psicológica envolvida em todo esse processo é importante e viver a velhice passando dificuldades encurta muito a sua existência aqui.

Eu sei que muita gente não vai nem ligar para isso que estou falando, alegando que tem muito tempo para isso acontecer e deixará para se preocupar com isso lá na frente. Acontece que o tempo é implacável, ele passa numa velocidade assombrosa e fazendo um pouco por dia, você nem sente e tem essa questão endereçada.

Imagem de Guilherme Nazzato

Posts Relacionados

Não há posts relacionados.

Comentários

TOPO